4- NOSSO POVO- LINDA GENTE - TUCA - ANAHYDE DOS SANTOS MUNIZ. O DIAMANTE DA CDD
TUCA
ANAHYDE DOS SANTOS MUNIZ.
No dia 8/06/2018 Dona Tuca participou do programa da Fátima Bernardes.
https://globoplay.globo.com/v/6795725/
Dona Tuca é muito talentosa, ultimamente está quase que diariamente na mídia por conta de um Prêmio do Ministério da Cultura. Mestre da Cultura Popular Leandro Gomes de Barros.
Ela foi titulada Mestra. Ficou em 4o. Lugar no Brasil.
No projeto ela pediu apenas edição do seu livro de poemas.
Ela é senhora de vários talentos, artes plásticas, cantora de samba, compositora, atriz.
Na comunidade sempre foi reconhecida e amada. Participando de vários movimentos artisticos interagindo com diversas faixas etárias.
Quanto a referência Diamante da Cidade de Deus foi um título carinhoso dado pela equipe do Jornal CDD VIVE na 12a. Edição do nosso Jornal na matéria.
TUCA É O NOSSO DIAMANTE: A ARTISTA
COMPLETA DA CDD POR: CILENE VIEIRA, LANNA V., VALÉRIA BARBOSA
Foto de Maria Puppin Buzanovisk para o Livro o Grande Mestre.
Tuca participa de alguns coletivos com louvor: Sarau Poesia de Esquina, Teatro do Retiro dos Artistas, Teatro CDD em Cena, CRJ. É uma artista independente.
Mestra da Cultura popular.
Sarau Poesia de Esquina
Tuca na PUC com o grupo Teatral CDD em Cena
Fotos cedidas por Mateus Paz do projeto CDD em Cena
PROGRAMA AMOR E SEXO TEM A TUCA CANTANDO FUNK 2014
https://globoplay.globo.com/v/3841854/
Apresentação no Teatro do Sesc da Rua Graça Aranha -
Peça sob a direção do Produtor Cultural Adilson Lopes.
Vídeo amador: Valéria Barbosa
Rodeada por suas obras Tuca expõem seus sentimentos, alegrias e sonhos em cores pelos quatro cantos de seu lar.
Foto Valéria Barbosa
Tuca a cantora.
Dona de uma voz grave, contralto nato, Tuca passeia por todo tipo de música dando preferência ao samba e ultimamente se lançando no FUNK.
Foto de Alex Cury no Lançamento do livro os Grandes Mestres Guardiões da Cidade de Deus.
Foto: Maria Puppin Buzanovisk
Foto: Maria Puppin Buzanovisk
Foto: Maria Puppin Buzanovisk
TUCA É NOTÍCIA
Confiram nos links abaixo:
Participou do Programa Sem Censura do dia 1 de junho de 2018.
Num agradável encontro onde o tema principal foi a Educação dos filhos.
Participaram:
A psicopedagoga Luciana Brites que está lançando o livro 'Como
saber do que o seu filho realmente precisa?', que fala sobre os desafios da
educação.
Anahyde dos Santos Muniz, Dona TUCA - Vencedora do Prêmio Culturas Populares, a pintora, poetisa e
autora de funks Dona Tuca pretende lançar um livro de poesia
O diretor de teatro Guti Fraga, fundador do grupo 'Nós do
Morro', comemora 32 anos do grupo com releitura da primeira peça.
Clarice Sauma é parformer e integrante do grupo musical
feminista Mulheres de Buço.
e a produtora cultural
Sophia Prado é uma das organizadoras da mostra Corpos Visíveis, que vai
ocupar o Parque de Madureira, no Rio, com palestra sobre gênero e sexualidade.
Leia mais:
https://oglobo.globo.com/rio/dona-tuca-da-cidade-de-deus-faz-arte-aos-84-anos-22638782#ixzz5HmRA4wnX
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Matéria do dia 6 de junho de 2018 no RJ TV trouxe o lado compositora da TUCA, que aos 85 anos esbanja criatividade para compor suas melodias seja de samba ou Funk.
Artista de 85 anos mora na Cidade de Deus e ganhou prêmio do Ministério da Cultura - Alexandre Cassiano / Agência O Globo
https://oglobo.globo.com/rio/dona-tuca-da-cidade-de-deus-faz-arte-aos-84-anos-22638782#ixzz5HmRA4wnX
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Matéria do dia 29/04/2018.
Natácia Dias moradora da Cidade de Deus organiza passeios com foco na cultura local
https://oglobo.globo.com/rio/bairros/moradora-da-cidade-de-deus-organiza-passeios-com-foco-na-cultura-local-21078705
Matéria do dia 6 de março 2016
https://oglobo.globo.com/rio/bairros/moradores-fazem-documentario-sobre-os-50-anos-da-cidade-de-deus-18800302#ixzz5HmO7Z5ML
Algumas obras do acervo da TUCA
Foto: Rosalina Brito
No ano de 2015 quando Valéria Barbosa era Educadora Social na ONG ASVI - Associação Semente é vida da Cidade de Deus, levou os adolescentes para um mergulho cultural na Casa da Sr Anahyde dos Santos Muniz - Dona Tuca. Foi um grande aprendizado para todos e motivo de muita alegria para ela.
Foto: João Gabriel da Silva
Fotos: Valéria Barbosa
Sua casa - Um grande celeiro de obras.
Alguns vídeos
CDD VIVE: Por Valéria Barbosa
Parceiro RJ
Curso Projeto Luz
Quadro Quem Sou Eu com Dna Tuca, Jaques Guedes e Leandro Nunes.
Fruto da Produção das Oficinas de Audio Visual do Museu Bispo do Rosário.
Os cariocas - Tuca da CDD - vídeo feito pelos alunos de Comunicação Social da UVA -OFCOM14
A look at life in Rio City of God favela por Lucas dos Santos da Cruz
E quanto ao hino da Terceira Idade é dela sim e nós o reconhecemos.
Vale como lembrança de afeto, respeito com a memória, vínculo com as pessoas do lugar e com o lugar, regra básica para um Comunicador Comunitário uma entrevista feita por nossa colaboradora Cilene Regina Vieira da Cruz para o Jornal CDD VIVE em 31 de março de 2016. Cilene tinha um grande amor pela Dona Tuca que a chamava de minha filha.
Entrevista com Dona Tuca da
Cidade de Deus
Cilene
– A gente em nossas reuniões decidimos prestar homenagem a você. Nós a vemos
como a artista completa da CDD.
Dona
Tuca – Meu nome é Anahide dos Santos Muniz, sou a Tuca da CDD. Eu mesma
coloquei em mim, porque eu tinha uma menina q veio de são paulo, andava
pendurada numa cantora, que tinha o apelido de tuca, e ela morreu de repente, e
eu gostava de vê-la. Ela gostava de tocar tamborim, e quando ela morreu, eu
decidi q seria a tuca. Ai teve esse negócio, de cantoras do rádio, e como eu já
estava com esse apelido, por isso ser muito antigo, e eu ser bem mais nova que
essa cantora. O Mauro Alemão me chamava Tuca do Bibape, porque ele achava que
eu tinha qualquer coisa daquela cantora, Elza Soares. Eu não gostava quando ele
me chamava assim, então ficou só tuca. Tuca da CDD.
Cilene
– E a sua idade, Dona Tuca?
Dona
Tuca – Fiz agora, dia 12 de março, 83 anos e estou agora vivendo somente para
passar os dias. (risos). Vivo agora fazendo arte.
Cilene
– A senhora nasceu aqui mesmo no Rio de Janeiro?
Dona
Tuca – Nasci na rua Julho Otonho, em Santa Teresa. Depois fui me criar nas
Laranjeiras.
Cilene
– Quando a senhora veio morar na Cidade de Deus?
Dona
Tuca – Em 1975. Minha irmã veio antes, e eu continuei num barraco que ficávamos
lá no Morro do Escondidinho. Eu era compositora do bloco que fundaram lá,
tiveram a ideia de criar esse bloco depois de uma partida de futebol. Lembraram
“Dona Anahide canta!”, “A gente passa lá, ela tá lavando louça e cantando”.
Todas as músicas dos outros eu cantava. Eles diziam que eu era um passarinho.
“Vamos chamar a Muniz!”. Lá no Rio Comprido, meu nome é Muniz. Em baixo de
Santa Teresa.
Cilene
– Quando a senhora descobriu essa veia artística?
Dona
Tuca – Desde pequena, porque meu irmão ficava tocando flauta de bambu, e eu
colocava o sapato da minha mãe e começava a dançar (risos). E ai deu nisso. Não
aprendi com ninguém, e ai com 10 anos, mais ou menos, fui pra casa do Dick
Farner, que minha mãe era lavadeira de lá, e era muito considerada com a
família. Porque eu sou neta de senhorzinho com escrava, então esses patrões
sabiam do segredo do passado. Minha mãe era muito bonita e delicada. Então eles
fizeram essa junção(?). Meu pai tinha muita marra de machão, maltratava minha
mãe e eles não gostavam. Cuidavam da minha mãe e minha mãe cuidava deles. E eu
ficava ali, vendo Dick e Sio Farner fazendo as farras deles com as meninas. Eu
é que atendia a elas, no telefone. Na porta, eu ficava só olhando. Ai eu perguntava
“Posso ficar aqui?” e eles deixavam. Eu vestia o pijama deles e ficava sentada
na escada, porque eu dormia com a avó deles, a vovó Glorinha. Ai eles diziam
“Pode ficar, quando chegar a hora a gente avisa”. A hora de fazer as farras. Ai
dessa forma aprendi certos gestos deles, mas nada musical. O que eu peguei foi
a inspiração, já que via eles fazendo.
Cilene
– A senhora poderia nos informar quantos prêmios recebeu até agora?
Dona
Tuca – O meu nome foi pra muitos lugares, diziam “Chegou dona tuca!”, mas
prêmio mesmo, eu só ganhei com música. E ganhei como representante do Bloco Rio
Comprido, como puxadora, muitos troféus. O último deles quebrou, e eu prendi
aqui (mostra o troféu colado em outro). Prendi aqui nesse, que ganhei da
Tradição para o primeiro festival que ia entrar num CD particular, nada de
escola de samba, música popular. Lembro que por eu ganhar esse troféu, eles
disseram “ah, ela é irmã de fulano”, dizendo que eu era irmã do diretor, sendo
que eu o conhecia. (Canta a música vencedora). Tinha muita música bonita lá, e
eu achava a minha uma porcaria. Eu contei a história da Tradição, que é filha
da Portela.
Cilene
– Como a senhora se inspira?
Dona
Tuca – Eu faço música até dormindo. Nunca me inspiro em um tema encomendado. Me
vem naturalmente. Sonho e quando acordo, estou cantando. Quando meu marido era
vivo, eu acordava e dizia “Pai, to fazendo uma música”, eu chamava ele de pai,
ai ele dizia para escrever, mas eu não queria escrever nada, e tornava a pegar
no sono. Com isso minha sogra comprou um gravador daqueles antigos, e me deu
para quando eu acordasse, gravasse. Eu nem aproveitei, pouco tempo depois minha
sobrinha pediu emprestado e nunca mais vi o gravador.
Cilene
– O que te impulsiona para criar coisas? Tanto com relação aos poemas,
pinturas…
Dona
Tuca – Paz. Eu preciso de paz, as vezes estou sentada ali fora, e nasce.
(recita poesia) “...fico cheia de tesão”, agora você imagina. Eu acho essa uma
palavra pesada. Quando vou declamar nas escolas, troco por outra coisa, por
respeito as crianças.
Cilene
– Qual é o tipo da arte que lhe dá mais prazer?
Dona
Tuca – Música, porque tudo que eu faço, o teatro, é em função da poesia de
dentro de mim.
Cilene
– Qual é o grande sonho da senhora?
Dona
Tuca – Gravar minhas músicas e com o dinheiro, eu conseguir fazer um salão de
poesia. Não sei se conseguirei ver isso. E esse não é o primeiro sonho. O
primeiro é conseguir ver meu bisneto no corpo de bombeiros. Mas pra isso a
gente precisa ter dinheiro pra pagar os estudos dele. Estou pensando no futuro
do meu bisneto. Também dar uma ajeitada nesse cantinho da casa. Quando eu
morrer, ter uma placa “Tuca da Cidade de Deus”. Um cantinho que os poetas
possam chegar, ter seu cantinho sossegado pra escrever alguma coisa, e ter
sempre um lugar com chave para guardar alguma coisa que eles queiram.
Cilene
– A senhora teve muita dificuldade em ser reconhecida como cantora e
compositora?
Dona
Tuca – Não. Eu puxava as músicas em cima do carro, quando o bloco saía, eu era
livre. Então eu cantava e todos ficavam “Ó, que voz!”. Até hoje no teatro. Até
meu professor “Você não vai entrar nessa peça”, e eu “O que? Não vou entrar?”,
e ele responde “Porque você já fez uma vilã”, e eu digo que vou entrar sim, eu
quero. E ele responde que então entrarei no final, ai escreveu a cena. Quis me
fazer cantar uma música da Elis Regina, mas eu não quis, já que Elis Regina é
muito boa e uma grande artista. Eu posso trazer um comentário ruim para peça se
for mal na apresentação. Quis eu mesma fazer a música, e ele achou que não
daria tempo, mas deu. Tanto que vou apresentar ela agora no teatro da Lona
Cultural de Jacarepaguá. Estamos ensaiando.
Cilene
– A senhora acha que a Cidade de Deus sempre reconheceu a sua arte?
Dona
Tuca – Não. Estou fazendo agora teatro no CRJ, e acho que lá é onde me dão mais
valor. Eles sabem que participo há 15 anos do Retiro dos Artistas. Eu não tenho
ido no Retiro, porque agora estou com dificuldades de andar sozinha, tenho medo
de atravessar a rua, etc. Pra eu ir para longe, preciso de companhia. Ai
prefiro ficar por aqui mesmo, que ai se acontecer alguma coisa, estou perto de
casa. O Poesia de Esquina tem carro para o meu transporte. Onde você mora,
dificilmente te dão valor. Só os que trabalham contigo. Quando apareci na
televisão, no Esquenta e no Amor e Sexo, da Globo, pessoas que nunca falaram
comigo vieram me cumprimentar. Até dinheiro emprestado pediram. Vivo da pensão
do meu marido. O Retiro dos Artistas, que é pago, não me deixa pagar porque me
considera cria da casa. Cá pra nós, o dinheiro que tenho em caixa hoje é 20
reais, mas deixa pensarem que estou rica. (Risos). Ai o dinheiro está guardado,
mas se chega uma pessoa que eu conheço, que esteja precisando, dou 10, pelos
menos pra ficar com 10 guardado. Só não posso ficar sem um tostão né. (Risos)
Cilene
– Olha só dona tuca, foi muito bom ter entrevistado a senhora, a senhora sabe
que sou sua tiete de carteirinha.
Esta matéria foi traduzida pela Anjuli Falhberg - E fez parte da 11a. Edição do Jornal (passar no link Edições do Jornal - tem o exemplar na íntegra.)
Tuca é o nosso diamante: A artista completa da CDD
Tuca
is our Diamond : The Complete Artist of CDD
Por
Cilene Vieira
Lanna
Vieira
Valéria
Barbosa
Moradora
da Cidade de Deus desde 1975, Anahyde dos Santos Muniz, a Tuca da CDD é o nosso
diamante. Ela nasceu em Santa Teresa, no dia 12 de março, no bairro de
Laranjeiras, tem 83 anos, muita criatividade e vive fazendo arte. Conhecida no
Bairro do Rio Comprido coma a Muniz, foi convidada, por seus vizinhos, depois
de uma partida de futebol lá no morro do Escondidinho, a compor um samba enredo
para o bloco local.
Resident of the City of God since 1975,
Anahyde dos Santos Muniz, the Tuca of CDD is our diamond. She was born in Santa
Teresa, on March 12, in the neighborhood of Laranjeiras, is 83 years old, has a
lot of creativity and is always making art. Known in the neighborhood of Rio
Comprido as the Muniz, she was invited by her neighbors after a soccer match in
the hills of Escondidinho, to compose a samba song for the local block.
Descobriu
sua veia artística desde pequena: sua mãe era lavadeira na casa do cantor Dick
Farney, artista que estava em evidencia na época. Segue relato de Tuca:
She discovered her artistic streak since
childhood: her mother was a clothes-washer in the house of singer Dick Farney ,
an artist who was famous at the time. Following is an account by Tuca:
Tuca- A família do Dick protegia a
minha mãe da grosseria do meu pai, então eu ficava na casa deles, dormia com a
vovó Glorinha que era a avó dessa família e ali via o Dick e Cyll Farney fazendo
os ensaios com as cantoras do rádio. Ficava olhando pela porta e perguntava:
posso ficar aqui? Eles deixavam. Dessa forma aprendi certos gestos dos
artistas, mas nada musical.
Tuca- The family of Dick protected my mother
from my father’s abuse, so I stayed at their house, I slept with Grandma Glorinha
who was the grandmother of the family and there I saw Dick and Cyll Farney running
rehearsals with the singers on the radio. I would look out the door and ask,
can I stay here? They let me. In this way, I learned certain gestures of
artists, but nothing musical.
Sobre os prêmios
About the awards
Tuca- Prêmio mesmo, eu só ganhei
com música: o de representante do Bloco do Rio Comprido. Como interprete de
samba, ganhei muitos troféus, inclusive o da Tradição, em seu primeiro festival
que premiaria com a entrada num CD particular de música popular.
Faço
música até dormindo. Nunca me inspiro em um tema encomendado. Vem-me
naturalmente. Sonho e, quando acordo, estou cantando.
Tuca- Officially, the only award I won was
with music: I was named the representative of the Rio Comprido Carnival Block .
As a composer and signer of samba, I won many trophies , including the one from
the Tradition, during its first festival, which rewarded me with a track on a
popular music record.
I make music even in my sleep. I never get inspired
by a commissioned theme. It comes to me naturally. I dream and when I wake up, I'm singing.
Crio para ter Paz
I create to have peace
Tuca- Preciso de paz. Por vezes estou sentada ali fora, e nasce um
poema. Fico cheia de tesão. Agora imaginem... Acho essa palavra pesada. Quando vou declamar
nas escolas, troco por outra em respeito às crianças.
A arte
que me dá mais prazer é a música, porque tudo que eu faço; o teatro, as
pinturas, os poemas e as músicas são em função da poesia que está dentro de
mim.
Tuca- I need peace . Sometimes I'm sitting
outside, and a poem is born. I get horny. Now imagine ... I think this is a heavy
word. When I speak in schools, I replace it with another out of respect for the children.
The kind of art that gives me the most
pleasure is music, because everything I do—theater, paintings , poems and songs—are
a function of poetry that is within me.
Eu tenho alguns sonhos.
I have a few dreams .
Tuca- Um de meus sonhos é gravar minhas
músicas e, com o dinheiro, conseguir fazer um salão de poesia; mas o primeiro é
conseguir ver meu bisneto no corpo de bombeiros.
Quando
eu morrer, quero que coloquem uma placa “Tuca da Cidade de Deus” num cantinho sossegado
pra escrever alguma coisa, onde os que os poetas possam chegar.
Tuca- One of my dreams is to record my songs
and, with that money, be able to set up a poetry lounge; but my first dream is
to see my great-grandson in the fire department .
When I die, I want them to place a sign that
reads " Tuca City of God " in a quiet corner so others can write
something, where the poets can go.
O diamante Tuca
Diamond Tuca
Tuca- Estou fazendo agora teatro no
CRJ*, e acho que lá é aonde me dão mais valor. Eles sabem que participo há 15
anos do Teatro do Retiro dos Artistas. Eu não tenho ido ao Retiro porque agora
estou com dificuldades para andar sozinha. Tenho medo de atravessar a rua etc.
Pra eu ir para longe preciso de companhia. Prefiro ficar por aqui mesmo e, se
acontecer alguma coisa estou perto de casa. O Poesia de Esquina tem carro para o meu transporte. Onde você mora
dificilmente te dão valor. Só os que trabalham contigo.
*Centro
de Referência da Juventude do Governo do Estado.
Tuca- I am now doing theater in CRJ * , and
I think that is where they value me the most. They know that I participated for
15 years in the Theater Retiro dos Artistas . I have not gone to the group
rehearsals because now I'm having trouble walking alone . I'm afraid to cross
the street etc. For me to travel to far places, I need company. I'd rather stay
here so if something happens I'm close to home. The Poesia de Esquina has car to transport me. Where you live they hardly
give you value. Only those who work with you.
* Youth Reference Center of the State
Government .
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