OS 50 ANOS DA CDD - PRESENTE DA FLUP
2016 - OS CINQUENTA ANOS DA CIDADE DE DEUS .
O ano de 2016 foi difícil para a nossa comunidade, para o nosso Jornal e para o Rio de
Janeiro e que perdura com caos da violência até os dias de hoje, em 2018.
Tínhamos que cumprir o idealizado no Projeto que fizemos para o Edital da Secretaria
Municipal de Cultura e o qual ganhamos, o Prêmio Ações Locais para desenvolver eentre 2016 e 2017.
Para isto deveríamos fazer 5 oficinas direcionadas ao desenvolvimento
e ampliação do quadro de colaboradores.
Conseguimos realizar o proposto com qualidade, porém tivemos
perdas significativas durante este processo. Seguimos enfrentando uma agenda vulnerável as pausas dos tiros.
Fomos um pouco além do estabelecido quanto ao resultado esperado, operacionalizamos o recurso e o multiplicamos com as oficinas nas escolas, uma grande luz. Em outro momento iremos
falar sobre as oficinas, agora é sobre o bem que a FLUPP trouxe para o
território. Um oásis no meio de um caos de luto.
A vontade de sermos protagonistas das ações não foi forte o
suficiente para disputar com a necessidade de se manter na vida trabalhando e
com tudo o que envolve estar num sistema adoecido por anos de omissão das políticas públicas e por um desgoverno do poder, porém fomos à busca de um caminho para a resistência do Jornal. Neste caminho colaboradores por problemas particulares se afastaram e a nossa luta ainda ficou maior.
O desejo de aumentar os colaboradores oferecendo capacitação em oficinas era grande e possível de realizar, mesmo com risco da violência do local. Um desafio que perdura e que precisa se adaptar a lograr as demandas sociais e temporais de um sistema para sobreviver.
O desejo de aumentar os colaboradores oferecendo capacitação em oficinas era grande e possível de realizar, mesmo com risco da violência do local. Um desafio que perdura e que precisa se adaptar a lograr as demandas sociais e temporais de um sistema para sobreviver.
Por diversas vezes tivemos que cancelar as oficinas por
conta do tiroteio. Fora de cogitação pensar em desistir.
Perdemos uma grande atuante colaboradora e querida amiga a Cilene
Regina Vieira da Cruz sem que ela conseguisse realizar o sonho de ser a
protagonista do curso que havíamos idealizado no projeto.
Ela desejava dar aula sobre comunicação. Na realidade fazíamos o jornal há 6 anos, e deveríamos falar sobre ele. Ninguém melhor do que quem faz para falar sobre a sua produção.
É importante dar valor a quem faz. Pra isto convidamos alguns fazedores de comunicação para partilhar este momento. Se nós não reconhecemos o trabalho que fazemos como valor ficaremos refém a vida inteira do outro.
Tivemos grandes mestres em nosso caminho e que sempre estarão juntos de nós, mas sabíamos que já estava na hora de aprender a caminharmos sozinhos repassando o muito que aprendemos, porém o estresses diário levou-a a infartar e perdemos numa grande força, uma grande amiga, companheira de luta, uma grande parte do Jornal.
Ela desejava dar aula sobre comunicação. Na realidade fazíamos o jornal há 6 anos, e deveríamos falar sobre ele. Ninguém melhor do que quem faz para falar sobre a sua produção.
É importante dar valor a quem faz. Pra isto convidamos alguns fazedores de comunicação para partilhar este momento. Se nós não reconhecemos o trabalho que fazemos como valor ficaremos refém a vida inteira do outro.
Tivemos grandes mestres em nosso caminho e que sempre estarão juntos de nós, mas sabíamos que já estava na hora de aprender a caminharmos sozinhos repassando o muito que aprendemos, porém o estresses diário levou-a a infartar e perdemos numa grande força, uma grande amiga, companheira de luta, uma grande parte do Jornal.
O Jornal sofre por esta perda o que
conforta e que a atuação firme e tão eficaz da Cilene nos inspira e ainda sussurra em nossos ouvidos
respostas, caminhos, continuidade na independência da ação e isto só se
consegue pelas lembranças de quem fez e repassou o saber.
CILENE SEMPRE PRESENTE.
CILENE SEMPRE PRESENTE.
Mas vamos falar da FLUPP e do Jornal.
Três colaboradoras do Jornal foram participantes/aprendizes da FLUPP, Cilene Regina Vieira da Cruz, Rosalina Brito e Valéria Barbosa. Sempre que podíamos falávamos sobre o Jornal, em cada território que íamos com a FLUPP. Levávamos o jornal para distribuir, e isto era quase que semanalmente.
Espalhamos o CDD VIVE pelo Rio de Janeiro.
Três colaboradoras do Jornal foram participantes/aprendizes da FLUPP, Cilene Regina Vieira da Cruz, Rosalina Brito e Valéria Barbosa. Sempre que podíamos falávamos sobre o Jornal, em cada território que íamos com a FLUPP. Levávamos o jornal para distribuir, e isto era quase que semanalmente.
Espalhamos o CDD VIVE pelo Rio de Janeiro.
E neste momento da dor de perder uma líder, amiga, colaboradora e amante do realizar ações por sua comunidade, o grande diferencial foi a FUPP na Cidade de Deus - Um presente que veio aliviar este turbilhão de emoções, curativar nossas emoções e nos lembrar que precisavamos comemorar os 50 anos da Cidade de Deus.
Trouxe-nos o respiro da reflexão, de afeto, de registro da memórias, troca de saber, novos conhecimentos, e a linda homenagem ao escritor CAIO FERNANDO ABREU.
A presença de tantos escritores e pessoas ligadas a cultura, e a comemoração do aniversário da Cidade de Deus, além de dar ludicidade as histórias construídas ao longo destas cinco décadas mostrou novas histórias de um local tão reconhecida no mundo pela violência. A literatura e filme deram um foco ao passado, e chega a FLUP com a literatura deste tempo sendo o curativo da continuidade da história do território
E nada melhor do que trazer as "HQS" Histórias em Quadrinhos para contar sobre quem participou das pautas da memória local.
Foi feito o livro reunindo grandes talentos na área do desenho/ilustração e o toque notório foi a necessidade de falar sobre Cilene que era amiga da filosofia FLUPP por ser parte integrante do grupo e assim se fizeram histórias para compor o livro. Na realidade ela ajudou muito neste processo contando suas lembranças.
O encerramento foi na Cidade de Deus no CIEP João Batista dos Santos, que foi um líder comunitário do local e que também é um dos homenageados no livro de Histórias em Quadrinhos sobre os 50 anos.
Pra se chegar até o dia do encerramento, no território da Cidade de Deus, passamos
praticamente um ano indo a outros territórios, trocando experiências,
aprendendo, refletindo, construindo, fazendo literatura, e a Cilene sempre estava junto.
Cilene teve a sua presença em nossas lembranças, na saudade
dos amigos, nas historias que inspiraram os escritores e desenhistas, no teatro
que sua família representou trazendo o Raiz da Liberdade para o palco e no samba
com a participação Humberto seu filho como membro da
Escola de Samba da Cidade de Deus que levou o ritmo para nos lembrar que o movimento e a
alegria eram parte dela, então ela estava junto com todos.
Durante os dias da FLUPP na Cidade de Deus fizemos
distribuição dos exemplares do Jornal.
Vale registrar a nossa gratidão aos idealizadores da FUP
(Hoje (desde 2017 FLUP só com um P) Écio Salles e ao
Júlio Ludemir nossa afetuosa gratidão.
E para se chegar ao livro horas de gravações em vídeos. Depois foi repassar o conteúdo para os ilustradores e criar as HQS. Lindo trabalho feito pela FLUPP e sua equipe. ( Material da Flupp pesquisado no Youtube)
Paulo Silva
Zélia fala sobre o Sr João Batista (Seu pai)
Vavá
Cilene compartilha histórias de sua família
Wellington Guaranny
Valéria Barbosa
Galéria
Encerramento - Poeta Bruno Breck e as Sarauzeiras.
Bruno , Valéria Barbosa, Rosalina de Brito e a artista plástica, ilustradora, desenhista Thaís Linhares.
Quando poetas se juntam respiram poesias.
Rosalina Brito colaboradora do Jornal CDD VIVE ministrando oficinas de charges na FLUPP
Apresentei aos jovens da ASVI a querida amiga escritora
Conceição Evaristo
Fã da poeta MEL
Durante o ano nós nos juntamos para fazer, respirar e criar literatura.
Salgueiro - Casa do Caxambu
Rio Shopping - Freguesia Cinema.
Na sala Cecília Meirelles.
CRJ - CIDADE DE DEUS.
CIDADE DA LITERATURA, CIDADE DOS VERSOS, DAS HISTÓRIAS EM
QUADRINHOS, CIDADA DE DEUS QUE ACOLHE A
FLUPP SOB O OLHAR DE QUATRO MULHERES.
MIRIAN MIRI
THAIS LINHARES
ROSALINDA DE BRITO
VALERIA BARBOSA
Livros distribuídos nas paredes,
história em quadrinhos falando de pessoas e suas ações em homenagem aos 50 anos
da Cidade de Deus.
A palavra tendo voz, fortalecendo
as minorias; raça negra, LGBTS, Mulheres, mães de filhos mortos pela policia,
escritores de periferias, todos trazendo suas questões e fortalecendo a
literatura.
A maioria dos participantes e
funcionários se enquadravam nesta minoria estabelecida por um poder
governamental. Neste encontro que durou seis intensos dias, pudemos perceber que há necessidade de ter
mais espaços que permitam o povo falar e a ouvir.
E que a chamada minoria o é apenas para as politicas públicas e na
realidade maioria na execução da mão de obra que sustenta o país.
As mesas trouxeram para
discussões temas que afligem o direito à vida e que nos levam a reflexões de
quem somos e o que estamos fazendo com o nosso preconceito.
Porém, a base de tudo, está na oportunidade de
conhecer e ser parte, sabermos que é
necessário chegar as escolas e a história que o poder sonega. Quem de fato são
os heróis brasileiros? O que estão
ensinando sobre a potência da raça negra e indígena em nosso pais? Fomos sim um
país colonizado por europeus e também pelos africanos e já tínhamos no Brasil os
nativos, os indígenas. Onde estão os registros positivos de um povo de
resistência além da memória oral?
Quem conhecia o Slam? Você
não? Teve a oportunidade de conhecer os
melhores poetas do mundo. Poeta é assim, usa das palavras pra desacomodar, a ação fortalecer e a igualdade ser um fato.
A FLUPP foi um espaço para
lembrarmos da presença militante no social, nas artes e nos Direitos Humanos, assim como da
nossa Repórter Cilene Regina Vieira da Cruz, e que sempre nos trouxe
alegria, poesia, música, respeito a diversidade e compromisso por um mundo
melhor.
Rosalina Brito autora da sua
própria História em quadrinhos, falando sobre a Cidade de Deus deixa o seu
depoimento.
“FLUPP tem uma grande influencia de vida para mim.
Quando coloquei em minha porta um cartaz que dizia: “aceito doação de livros”
Eu fiquei dias e noites sobre ele, comecei a rabiscar
desenhos, poemas e contos e não sabia o que fazer até que conheci a FLUPP. Fiz a inscrição e sem acreditar, passei no
teste.
Descobri a
importância da literatura e para que servia. Eles publicarão os meus contos e
quadrinhos. Hoje estou viciada na Flupp
não consigo sair. Assim como foi pra mim de grande importância, um resgate de
gente invisível.
Incentivo outros jovens a participarem deste projeto que
deveria ter pra sempre na Cidade de Deus.
Não tenho palavras pra agradecer ao Julio Ludemir é Ecio
Salles dois guerreiros amo-os de paixão.”
Rosalina de Brito, moradora da CDD, atriz, artista plástico, poetiza e
colaboradora do jornal CDD a notícia por quem Vive.”
A Thais Linhares conseguiu unir duas histórias em uma, a
história da Valéria Barbosa, profissional de educação e cultura que trabalha na
Cidade de Deus há 43 anos com a da líder comunitária e fundadora do Comitê da
Terceira Idade Benta Neves do Nascimento.
– Vivi plenamente o efeito Flupp. Virei fluppenseira, entrei
na festa, conheci pessoas que são jóias desta cidade que é de Deus e de todos
nós. Elas me presentearam com seu brilho, me melhoraram, me encantaram,
Obrigada família Flupp, obrigada CDD!!! (Thais Linhares, fluppenseira)
A Mirian Miri, profissional da tecnologia e educação,
voluntária que atua na Associação Semente da Vida da Cidade de Deus traz a visão da expectadora do evento.
“Absurdamente fantástico, bonito, bem produzido, confortável,
moderno etc. Um verdadeiro deleite até aos olhares mais críticos.
Nem preciso dizer que fiquei viciada, né? E estou pensando
aqui: ano que vem a CDD faz 51 anos, 51 é uma boa ideia, logo seria uma boa
ideia ter mais uma edição da Flupp aqui !”
REGISTROS FOTOGRAFICOS DOS JOVENS DA ASVI
FLUPP NO VIDIGAL. DIA DO LANÇAMENTO DO LIVRO EM HOMENAGEM AOS 50 ANOS DA CIDADE DE DEUS.
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