UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA


Um pouco da nossa história

O nosso grupo concluiu o curso de Comunicação Comunitária em 2010,  iniciativa do  Núcleo de Solidariedade Técnica da UFRJ (SOLTEC/UFRJ). Esse curso contou com a participação de muitos moradores da CDD e algumas pessoas de outras comunidades.

As aulas eram quinzenais e  durante os meses de maio a outubro de 2010  ,  na sede da Associação Semente e Vida da Cidade de Deus (ASVI). Ao final, deveríamos produzir um jornal que valorizasse e desse visibilidade à cultura local e às pessoas que vivem na Cidade de Deus.

No fim do curso, 16 dos 50 alunos que participaram da formação resolveram dar continuidade ao jornal e assumiram  este compromisso de colaboradoras do jornal.
Curso que deu início ao Jornal.

A escolha do nome teve como inspiração a vivência do cotidiano.
Os colaboradores em sua maioria de moradores e/ou ex-moradores.



FUNDADORES DO JORNAL - 20  de novembro de 2010.

Ariana Apolinário

Celso A. Alvear
Cilene Vieira
Dara Bandeira
Dayse Vieira
Felipe Brum
Joana da Conceição
João C. Souza
José Alberto
Julcinara Vilela
Landerson Soares
Leila Martiniano
Maria do Socorro
Mª Angélica Ponciano
Marília Gonçalvez
Mônica Rocha
Rita de Cássia
Rosalina Barbosa
Valéria Barbosa


A Notícia Por Quem Vive.

Um viés para  pesquisa - 

O aprendizado de como abordar jornalisticamente um tema, ir atrás da notícia e dar visibilidade para notícias positivas dentro da comunidade, tem favorecido a divulgação do nosso trabalho junto ao mundo acadêmico. Ao longo destes anos de atuação, somos aberturas de espaço de pesquisa para graduação e pós graduação.

Conquistamos com muito trabalho e dedicação.

Temos a chancela da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro como um instrumento de divulgação da cultural.  Ganhamos o edital Microprojetos para Território da Paz. Também fomos contemplados por um Crowdfunding/Vaquinha,  divulgado no  site Catarse,  que mobilizou a arrecadação de doações pela internet com o objetivo da impressão de três mil exemplares trimestrais para o período de um ano.

Temos conseguido manter a tiragem com estratégias diversificadas. Inclusive realizando rifas e bazar.  Ganhamos o Prêmio Geraldo Jordão, promovido pelo Institurto Rio  em 2015 e o prêmio Ações Locais da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro no ano de 2016.

No ano de 2016 estudamos a reformulação da diagramação do jornal e observamos que quando íamos apresentar o nosso Jornal, vinha a pergunta e o jornal  é de qual lugar? Desde então, vimos que precisávamos investir na identidade de uma logomarca e uma modificação do próprio nome do Jornal. Lanna Vieira criou a nova  logomarca com mais visibilidade na sigla CDD e na palavra  VIVE. Registrando o nosso  desejo de desenvolvimento e longevidade da comunidade e do nosso jornal. 
Hoje CDD VIVE tem mais ênfase na logomarca



E por falar em logo ao longo destes 7 anos já tivemos algumas logos.

A primeira edição,  produto do curso,  foi elaborada de forma coletiva, o grupo trabalhava as pautas, discutia a importância das mesmas e depois ajudava um ao outro na elaboração do conteúdo, fotografando, digitando.  Depois eram feitas as verificações ortográfica, Grande parte do trabalho ficava ao encargo das estagiárias da UFRJ. O nosso grupo não tinha ainda conhecimentos específicos para conseguir desenvolver todo o processo de elaboração de um jornal, porém tinha o desejo de aprender a diagramar e a construir caminhos pra autonomia. Tanto que no primeiro projeto  elaborado para o Edital do Território da Paz, já havia o desejo escrito da realização de oficinas de fotografia, ortografia, diagramação, comunicação comunitária... Tinhamos aprendido a engatinhar e queriamos aprender a andar.

As charges e os coloridos,  além da poesia,  já divulgava o interesse deste grupo pela arte.  O jornal ainda não tinha uma logomarca. A primeira tiragem foi de mil exemplares e nos foi presenteada pelo Núcleo da SOLTEC/UFRJ.  Jornal com 16 páginas.


A segunda edição foi resultado do prêmio. Escrevemos o projeto para o Edital Território da Paz e este  nos favoreceu a levar para as Escolas Municipais uma  oficina criativa  para escolha de uma logo,  esta edição teve uma logomarca especial, produzida pelas crianças.

Na realidade não era uma logo, e sim letras coloridas formando o nome, uma experiência muito lúdica.  Nesta edição há um grande marco, decidimos dar continuidade ao jornal e não tinham pessoas de outros territórios, teve uma tiragem de 3.000 exemplares.

Outubro de 2011.


A terceira , a quarta e a quinta edições  já carimbaram o nosso interesse pela educação, causas sociais e artes, a logomarca continuava sendo a que foi elaborada pelas crianças. Estas edições  foram referentes aos meses  de março, maio e dezembro de 2012.

Na sexta edição vimos que o formato do nosso jornal precisava amadurecer, e foi feito um estudo para modificar e layout da página e fazer uma logomarca mais mais adulta.    Nesta logomarca foi inserido as traços sugerindo os apartamentos da Gabinal dentro do território de alcance do jornal . Edição do mês de  outubro de 2013. Registramos a falecimento  da colaboradora e amiga Dona Joana. 



A sétima edição contou com o apoio financeiro do Farmanguinhos, utilizamos a mesma logomarca  até a décima edição, porém nesta o layout foi mexido e o jornal ganhou um aspecto mais bonito.ficou mais lighter. 

A partir da 10 Edição passamos a ter o trabalho de uma colaboradora da Cidade de Deus a Lanna Vieira que com sua juventude e saber  nos acompanhou até a 14 Edição.

Na décima primeira edição foi marcada por uma homenagem póstuma a Benta Neves do Nascimento, Dona Benta líder comunitária, fundadora do Comitê da Terceira Idade nos apoiava sempre. Nesta edição  a nossa atual logomarca passa a ser utilizada.

A décima segunda edição foi traduzida para o inglês e pudemos compartilhá-la com o mundo.
A décima terceira .2015, 2015, 2016.

Décima terceira edição não contou com a nossa colaboradora Cilene Regina Vieira da Cruz que faleceu no dia 17 de outubro de 2016. Ficamos chocados, por vezes apartados e atualmente procurando novos caminhos.

Caminhos intuido por todo o aprendizado que ela nos deixou, sua força, compromisso e amor pelo que fazia.

Cabe um registro: Cilene Regina Vieira era Assistente Social, Educadora Social, Atriz, poeta e amava cantar e sorrir. O seu grande desejo era realizar o MESTRADO, ela queria estudar quem nos estudava.

Cilene morreu da forma mais covarde que poderia acontecer. Estavamos realizando as oficinas de comunicação comunitária e ela seria pela primeira vez protagonista da Ação que já vinha desenvolvendo há mais de cinco anos.

Era um sábado, dia 15 de outubro de 2016, e tínhamos marcado na Sede da ASVI da Praça do Ageu, local sempre cedido quando necessário pela Associação.

Quando começou um tiroteio e eu estava saindo do ônibus para ir encontrar com ela, corri para a quadra de samba e me escondi numa pilastra. Comecei a ligação cancelando a aula, coloquei no grupo, avisei a professora de Português - Fábia Muniz que estava no posto de gasolina que voltou para sua casa.

Isto de cancelar vinha acontecendo semanalmente. Passou o tiroteio e eu fui à casa dela para conversarmos, e ela tinha ido para o local da oficina. Fui correndo para lá. Ela estava do lado de fora com as chaves nas mãos e paralisada da cintura para baixo. 

Arrastei-a para dentro e liguei para sua irmã Dayse que chegou com um carro e seguimos para a UPA da Cidade de Deus, lá foi medicada. Ao sairmos já andando e com dificuldade um comboio do BOPE vem em sentido contrário quando ela avistou teve a mesma reação da que eu a encontrei com a chaves. Tornamos a ir para a UPA desta vez na Barra da Tijuca, lá teve o atendimento de praxe e retornou para casa. Vindo a falecer na segunda-feira dia 17/10.


Neste registro de vida está um compromisso diário de sobrevivência,  de esperança em mudanças,  de deixar um legado para ser conduzido com responsabilidade.

E assim,  os poucos colaboradores que sobreviveram a tantas intercorrências estão tendo a oportunidade de dar continuidade ao Jornal, lutando por manter a sua autonomia e compromisso com o contexto. 

Estimulando uma escrita vinda das bases, por gente que faz e pode falar sobre o que faz, basta ter o instrumento,  reformulando a forma de ver um comunicador comunitário  que precise de um curso específico no ínicio,  investindo numa formação prática in locus  para quem quer falar, desde que  tenha como prioridade o respeito e amor pela vida do seu território.

E daí ninguém melhor do que o outro para falar sobre ele!



Prêmio Geraldo Jordão.

A décima quarta edição foi um ODE as ações desenvolvidas pelo Jornal que o tornou mais uma vez premiado.

Prêmio Ações Locais.


Missão do JORNAL CDD VIVE

Priorizar  o compromisso com a produção  de uma comunicação comunitária de qualidade na Cidade de Deus. Trazer à tona temas relevantes que valorizem a memória cultural da comunidade, favoreçam o desenvolvimento local, estimulem à busca dos direitos: à Educação, saúde,cultura e moradia. Procuramos resguardar a identidade do morador e facilitar o seu protagonista, onde ele estará  produzindo matérias que dialoguem com a sua própria história, de forma  que se sinta representado nas páginas do jornal e reconheça os seus.

                                                        


Área de atuação


Comunicação comunitária que aborda  variados  temas entre eles  saúde, educação, cultura, mercado de trabalho, com o foco principal na valorização da população da Cidade de Deus.

 Público alvo do jornal:

Pessoas interessadas em assuntos pertinentes a cultura,  ao desenvolvimento local e a preservação da memória da Cidade de Deus.


Parcerias que fortalecem

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) oferece apoio acadêmico por meio do Núcleo de Extensão Solidariedade Técnica (SOLTEC) e também imprimiu duas tiragens.

A ASVI, que é uma associação local,   que nos cede espaço para reuniões e estrutura administrativa quando necessitamos.  

Farmanguinhos (FIOCRUZ), contribuindo com a impressão de tiragens do Jornal; 

a Secretaria Municipal de Cultura, com a chancela de Ações Locais e Território da Paz;

o Portal Comunitário da Cidade de Deus, com hospedagem dos exemplares no site; 

O site ISSUU, hospedagem das Edições do Jornal;

a Casa Emilien Lacay,  e a  Igreja Anglicana, que cedem espaço para eventos, além de servirem como pontos  de distribuição dos exemplares;

O Instituto Rio por meio do prêmio Geraldo Jordão, 

Poesia de esquina, CDD na Tela
,
CDD em Cena, 

Agência de Desenvolvimento Local em Cidade de Deus, 

CDD Acontece,

Núcleo Piratininga de Comunicação – NPC 

e World Pulse site internacional onde hospedamos  matérias sobre a Cidade de Deus.          


Equipe


Nosso grupo conta com 12 membros  do jornal, responsáveis por escolha da pauta, elaboração das matérias, diagramação e logística de impressão e distribuição. Todos os colaboradores são voluntários. Temos, ainda, colaboradores esporádicos que também são voluntários – são aquelas pessoas que fazem um trabalho especial na comunidade ou possuem uma expertise que  favoreça a comunidade -  que são convidadas a contar sobre o seu trabalho ou saber.

O Jornal CDD VIVE não possui Sede e nem tem CNPJ. É autonomo. 
Ultimamente temos nos reunido na casa de colaboradores. emos nos reunimos nas casas dos colaboradores.

Os novos colaboradores serão apresentados na XV Edição do nosso Jornal.

Contatos

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Canal do Youtube https://www.youtube.com/channel/UCdg9atQ4qdkhbfKWPBayKjg?view_as=subscriber
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Quer saber mais um pouquinho sobre quem fez e faz o Jornal CDD VIVE? 

Entre nos links das matérias, todas estão neste blog.

Neste este espaço agradecemos a todos os nossos parceiros, colaboradores e aos nossos queridos amigos que partiram deixando o seu legado de amor e compromisso com a comunicação comunitária.

Comentários

BOLA DA VEZ

6- NOSSO POVO - LINDA GENTE - MESTRE DERLI

5. NOSSO POVO - LINDA GENTE - ROSALINA BRITO

4- NOSSO POVO- LINDA GENTE - TUCA - ANAHYDE DOS SANTOS MUNIZ. O DIAMANTE DA CDD